Entrevista exclusiva para o 5 Notas com Hamish Duncan, autor do livro “Out in LA”, que conta como foram os primeiros 30 shows do Red Hot Chili Peppers na história. Ele é fundador do site “Red Hot Chili Peppers Sessions Archive” e editor do Red Hot Chili Peppers Live Archive.
O livro foi traduzido e lançado no Brasil pela Editora Belas Letras e você pode garantir clicando aqui.
Confira a entrevista:
WENDELL CORREIA: Como você está, Hamish?
HAMISH DUNCAN: Estou ótimo! E você?
Estou bem! Como estão as coisas em Sydney, Australia?
Estão muito bem!
Você já esteve no Brasil?
Ainda não. Mas espero que em breve consiga ir.
E para todos que estão assistindo e ouvindo essa entrevista, esse cara escreveu esse livro sensacional, o “Out in LA”. Ele é fundador do site “Red Hot Chili Peppers Sessions Archive” e editor do Red Hot Chili Peppers Live Archive. Ele mora na Australia, em Sydney. Você já tem a cópia brasileira?
Ainda não! E a versão especial parece ser incrível. Espero conseguir uma cópia.
Sim, é muito similar a sua versão original. Para comprar, coloquei o link aqui na descrição. Internacionalmente é pela Chicago Review Press e no Brasil você consegue com a Editora Belas Letras. Você pode e deve comprar se é fã do Red Hot Chili Peppers. Então...Conte a sua história com os Red Hot Chili Peppers. Quando você se tornou um grande fã e quando decidiu escrever esse livro?
Eu virei um fã deles quando eu estava no Ensino Médio, por volta de 2003 ou 2004. Eles eram a maior banda do mundo nessa época. Entraram na minha vida e nunca mais saíram desde então. Mas uma das minhas primeiras memórias com eles foi ter assistido o clipe de “Give It Away” quando eu tinha 1 ou 2 anos. Era isso e ter visto eles no episódio de Simpsons em que eles tocam “Give It Away”. As primeiras lembranças foi de ter visto isso na TV. Me tornei um fã rapidamente no Ensino Médio e então eu rapidamente percebi que eu amava a banda muito mais do que outras pessoas. Estava muito interessado em muitos detalhes sobre a banda. Imediatamente comecei a ir atrás de B-Sides e as gravações que existem.
E o que te chamou atenção neles? Foram as performances ao vivo, foram as letras, a guitarra, baixo, bateria?
Acho que um pouco de tudo. Eu era guitarrista. John era o guitarrista na época em que me tornei fã. Era muito impressionante, interessante e me deixava animado. Eles são uma banda fascinante. Se você analisar a história, eles não são interessantes apenas olhando de fora, quando você começa a se aprofundar, não tem apenas um Chili Peppers, são sete deles. Tem a primeira versão da banda, a Era Mother’s Milk, Era Blood Sugar, Era One Hot Minute, e todas elas até os dias atuais. Isso pra mim é sensacional!
E você tem alguma Era favorita?
É igual a pergunta clássica de “qual é o seu filho favorito?”. Essa é a razão pela qual eu gosto tanto deles, essas Eras diferentes. Se eu só pudesse levar um álbum comigo, provavelmente seria The Uplift Mofo Party Plan ou Californication.
Interessante que você escolheu o Uplift Mofo. Como e por que você decidiu criar o Red Hot Chili Peppers Sessions Archive?
Basicamente eu copiei o que as pessoas estavam fazendo pelos Beatles. Os Beatles têm muitas coisas como websites e livros. Todas as gravações e shows que já fizeram. Comecei a sentir falta disso (do RHCP) e comecei a eu mesmo fazer. Então acho que era por volta de 2011 quando comecei a desenvolver a primeira versão do meu website, que estava no Google Sites, com uma forma simples. Desenvolvi em alguns dias, coloquei no ar e vou atualizando.
E muito obrigado por isso! Agradeço de verdade.
O prazer é meu.
E você conheceu algum Chili Peppers? O Flea é da Australia, talvez alguém da família dele.
Não de verdade. Eu já interagi com eles pela internet algumas vezes. Eles sabem que eu existo. O Flea chegou a respostar algumas coisas que eu postei. Eu sei que eles leem algumas coisas que eu escrevo. Eu segui o carro deles quando estavam saindo do estádio em Sydney em 2007, cheguei bem perto, mas não cheguei a conhecê-los. Sei que eles acompanham de certa forma, com certeza o Flea e o Anthony sabem do livro. Mas ainda não os conheci.
E falando sobre a ideia do livro: quando você decidiu que iria escrever sobre o começo do Red Hot Chili Peppers? Porque as vezes, como fã, sinto que estamos falando sobre uma banda que os integrantes não estão mais vivos porque eles não nem muita memória.
Sim. Eu acho muito interessante os primeiros anos da banda. Lembro de ficar pensando sobre o primeiro show deles, que eu achei que era 1983. Se eu tivesse uma máquina do tempo, eu voltaria para esse show. Esse sempre foi um sonho meu. Eles juntando as coisas e fazendo um trabalho pequeno que foi crescendo cada vez mais. Eu olhei uma mensagem no meu Facebook de alguém que queria o Live Archive. Lembro que foi em setembro de 2018 e decidi que iria transformar isso em um livro. Seria um livro gratuito que iria disponibilizar em um website. Então pensei em ver se teria alguém interessado em publicar isso. Mandei para duas ou três pessoas, mas a primeira já me respondeu: “com certeza, vamos publicar”. E fizemos isso e agora está nas livrarias do mundo inteiro. Ter uma versão em português é algo incrível! É mais do que imaginei que aconteceria.
E em quanto tempo você fez a pesquisa sobre os primeiros 30 shows do RHCP? Você foi até Los Angeles para pesquisar?
Eu já estive em Los Angeles, mas não durante o processo de escrita do livro. Fui em 2012. Eu já tinha o website, mas ainda não tinha começado o livro. Eu tentei ir até o túmulo do Hillel, mas estava fechado no dia. Não sabia disso até chegar lá. Mas vi a mansão onde eles gravaram o Blood Sugar Sex Magik, o que foi muito legal. Escrevi boa parte do livro durante o lockdown, então não pude fazer a pesquisa de campo mesmo. Acho que durou uns quatro anos, se não me engano finalizei no meio de 2022. Como comecei no meio de 2018, foram 4 anos então mesmo. E foi constantemente indo atrás das informações através de todas as formas possíveis, como grupos de Facebook sobre a cena musical de Los Angeles conversando com as pessoas. Indo atrás de tudo que achava para confirmar a informação. E valeu a pena.
E você falou com o Gary Allen, do Neighbours Voice, né?
Sim, falei. Ele é um grande amigo e um cara sensacional. Ele é incrível. É incrível ser amigo do cara que é responsável pela banda ter surgido.
E como você chegou a conclusão que a verdadeira data do primeiro show do RHCP foi no dia 16 de dezembro de 1982?
Eu falei com Solomon, que cuidava do Rythm Lounge (casa de shows de LA). Ele foi me passando as informações, ele também estava interessado na data verdadeira. O problema é que o Anthony deu uma entrevista em 2003 em que ele diz que ele e o Flea conversaram achando que a data era 13 de fevereiro de 1983. A partir disso, em todos os lugares da internet você vai encontrar que é essa a data. Mas se você ler o livro, vai ver que na verdade eles nem se apresentaram em fevereiro de 1983. Eu cheguei a conclusão da data verdadeira em maio de 2019 e resolvi contar só no livro.
Mas o primeiro show com o nome Red Hot Chili Peppers foi no dia 4 de março de 1983. Então posso dizer que as roupas que comprei deles com referência a esse ano de 83 tá certo.
Sim, tem as duas formas. Tecnicamente eles viraram o Red Hot Chili Peppers em 1983. O primeiro show que eles achavam que tinha sido em fevereiro, na verdade foi em dezembro. Isso que eu acho legal, você sempre está descobrindo coisas sobra a banda.
E você sabe qual é a verdadeira história sobre o nome Red Hot Chili Peppers?
Isso está aberto a debate. Falei com o Gary Allen sobre isso e ele me contou que estava no carro com o Hillel e perguntou: “Por que vocês não se chamam the Red Hots?”. E alguns dias depois, eles passaram a se chamar Red Hot Chili Peppers. E essa provavelmente é a razão pela qual eles fizeram isso. Eles fazem piadas que é sobre coisas como “mata queimando”, mas não tenho certeza. Eu procurei saber se tinha uma resposta certa para isso, todos acham que vem do Tree (amigo da banda) que sugeriu esse nome. Talvez um dia a gente saiba. Essa é a beleza dessa banda. Temos que ter uma máquina do tempo para responder essas perguntas.
Sim, eu também já li que a história é que o Tree e o Flea criaram o nome e o logo foi criado pelo Anthony Kiedis.
Sim, ele diz que criou da cabeça dele mesmo. Mas é bem semelhante a um desenho feito pelo Kurt Vonnegut. Então ele deve ter se inspirado nisso. Mas quem sabe?
E nessa época o Flea estava tocando com a banda Fear e todos eles saíam com grupos de punks. Mas não podemos considerar o RHCP uma banda punk. Você acha que essa é uma das razões que ajudou eles a fazer sucesso e se tornar uma banda mainstream, por não serem exatamente uma banda punk de Los Angeles?
Sim, acho que o que chamou atenção para eles no começo, especialmente na cena de Los Angeles foi que eles eram punk, mas também funk, o que fez com que eles fossem notados. Eles fingem parecer fazer o que quiser e não ligar muito pra isso, mas eles criaram esse som incrível que é como se fosse “James Brown acelerado”, basicamente. Era o que eles eram. Claro que eles não inventaram nem o funk, nem o punk, e não necessariamente inventaram juntar esses dois ritmos, mas fizeram isso muito bem em Los Angeles e ficaram conhecidos por isso. Por volta de 1989, 1990, tinham várias bandas fazendo essa junção de punk e funk em vários lugares nos Estados Unidos e no mundo. Eles foram um dos primeiros que fizeram, e fizeram muito bem. Então se tornaram uma versão mais melódica de si mesmos, mas ainda tem o elemento funk neles, é inegável. Nem toda banda consegue isso. Então são muito únicos. Mas ao mesmo tempo, é fácil classificá-los. Não sei se faz sentido.
Muitas bandas tentam copiá-los, mas só eles conseguem fazer exatamente esse tipo de som.
Exatamente. Tem bandas como Rage Against The Machine que não estão copiando os Chili Peppers, mas tem similaridades. O baixista do Rage Against The Machine, o Tim Commerford, mudou a forma de tocar para as pessoas pararem de achar que ele estava copiando o Flea. Isso é interessante. Devia ser difícil ter esse tipo de banda naquela época.
Até o Faith No More, que entre essas bandas é a que mais se aproxima do Heavy Metal, mas tem suas similaridades com o RHCP nessa época.
Sim, até o vídeo de “Epic” mostra um pouco disso.
E por que você acha que a banda What Is This não fez o mesmo sucesso que o RHCP?
Acho que o nome, sinceramente. Não é um bom nome. Acho que era uma piada para shows menores e deveriam ter mudado. Não para Anthym novamente, mas para outro nome. Acho que não tiveram sorte. O fato do Flea ter saído foi o motivo de não terem feito sucesso. O Flea saiu, apesar de eles estarem fazendo boas músicas, mas não estavam colocando muita coisa nisso. What Is This estava começando a ficar popular, mas aí o RHCP passou na frente deles. Eles lançaram algumas coisas são muito boas. Você já assistiu o vídeo que lançaram da música “Mind Mind Have I?”.
Sim. Já faz bastante tempo, mas teve uma época que estava indo atrás de conhecer melhor o What Is This e ouvi bastante. Estava até ouvindo antes da nossa entrevista aqui.
Em outro mundo, eles teriam sido uma banda maior. Deveria ter tido um nome melhor. Assim como a banda, aconteceu dessa forma. São músicos incríveis. Essa música “Mind Mind Have I” é maravilhosa porque você consegue ver o Hillel antes dele voltar pro RHCP. O Hillel na Era Freaky Styley, mas em uma banda diferente.
Acho que também tem a presença de palco do Flea e do Anthony Kiedis. O Anthony não é um grande cantor como Steven Tyler ou o Axl Rose no começo do Guns N Roses, mas a presença dele faz muita diferença, principalmente no palco.
Sim, com certeza. Estamos acostumados com isso já que conhecemos a banda muito depois dos anos 80, mas devia ser sensacional vê-los nos primeiros anos. Ele não é o melhor cantor, nem o melhor rapper, mas é um grande letrista. Ele tem algumas limitações, mas é muito talentoso. É um frontman incrível.
Sim, e ele é muito único. Se tirar ele do RHCP, a banda ia acabar.
Sim, exatamente.
Ele precisa estar lá.
Pega outra pessoa para cantar algo como “Around The World”...não ia funcionar, ia ficar ridículo. Quando ele tá lá, é a banda completa.
E teve um show do RHCP que não era o Anthony Kiedis cantando, era o Keith Morris, certo?
Sim! O motivo pelo qual Anthony Kiedis não apareceu tem versões que dizem que ele estava fora fazendo o que ele fazia na época (drogas). Alguns dizem que ele estava preso na época. Mas então o Keith Morris ficou cantando “what you see is what you get” de várias formas diferentes enquanto a banda tocava as músicas. Seria demais poder ter visto isso.
Só o Flea se apresentou em todos os shows do RHCP.
Sim, essa é a pegadinha. O Flea tocou em 902 shows, mas o Anthony apenas em 901, por exemplo. É uma pegadinha.
Isso é interessante. E você fala no livro sobre os primeiros 30 shows. Você já respondeu o que eu iria te perguntar, que é qual você gostaria de ir. Já respondeu que é o primeiro show. Eu achei que você iria responder o show no Kit Kat Club.
Sim, talvez.
Foi a primeira vez que eles se apresentaram só com uma meia nas partes íntimas.
Sim, isso seria interessante. Provavelmente seria minha segunda escolha. Supostamente existe um vídeo desse dia que deve aparecer do nada. Acho que foi em 1992 ou por volta disso que o Anthony disse que assistiu um vídeo disso. Então deve existir por aí. Deve estar no armário de alguém aguardando para ser transferido. Espero que isso aconteça depois de tantos anos. Mais de 40 anos. Esse show provavelmente seria minha segunda escolha. Na verdade, acho que seria minha terceira escolha. Acho que minha segunda escolha seria o show que fizeram em Aspen, que foi um show que na verdade não aconteceu. Esse foi um bom show.
E você acha que algum dia eles farão o show só com as meias novamente?
Acho que não. Eles não fazem isso há 24 anos, então duvido muito que aconteça.
O último foi na Argentina, certo?
Acho que o último, se não me engano, foi bem no final mesmo da turnê do Californication na América do Norte. Talvez em agosto ou por volta disso. Acho que foi em 2000. Talvez o Flea e o Anthony façam isso, mas não consigo imaginar o John fazendo isso agora.
Eu também não consigo. Temos que ficar feliz pelo John estar nos palcos.
Sim. Josh com certeza também não faria isso na época que estava na banda.
E você começa o livro falando sobre o show que eles fizeram no Slane Castle em 2003, que é a época que você se tornou fã de RHCP. Você acha que é o melhor show do RHCP que foi gravado profissionalmente?
Essa é uma boa pergunta! O Slane Castle é muito bom, mas ao mesmo tempo muita coisa foi alterada no estúdio depois. Tem algumas adições de voz do Anthony. Algumas músicas foram cortadas. Se você ouvir a gravação bruta desse show, ele erra alguns versos de “Scar Tissue”, então entra os vocais de outra gravação. É uma performance incrível, mas só porque foi gravada muito bem e ainda está disponível. Eu gosto muito do show de Woodstock 1994, foi muito bom. A versão desse show da música “Blood Sugar Sex Magik” é uma das melhores que eles já fizeram. Mas em termos de gravação profissional, nunca parei para pensar nisso. Essa é uma boa pergunta! É uma boa pergunta para fazer no Live Archive, você terá uma resposta melhor.
E eles deveriam lançar mais shows. Não lançaram nada oficialmente da turnê do Stadium Arcadium, da época do Josh...
Sim, tudo que temos é as coisas que filmaram ao vivo mesmo enquanto estavam tocando, como festivais que foram transmitidos. Já faz 20 anos desde que lançaram o Greatest Hits. Eles têm que ir acompanhando a própria história deles. O maior problema é que não lançam para que todos nós consigamos assistir, não está disponível. E ainda não tem disponível todos os clipes no YouTube. Outras bandas têm arquivos do que lançaram. Isso é um pouco frustrante, mas é o que temos. Eles estão fazendo shows, então fico feliz que eles ainda estão na ativa.
Acho que serão lançadas muitas B-Sides, shows e músicas novas quando a banda parar. Espero que ainda demore muito tempo, mas acho que serão lançadas muitas músicas que ainda não fazemos ideia que eles gravaram.
Sim, também imagino como será quando a banda acabar...acordar com um anúncio que eles não estão mais juntos será um dia estranho.
E quantos shows você já assistiu do RHCP?
Uns 8 ou 7. Assisti 2 em 2007, 1 em 2013, 2 em 2019 e 2 em 2023. Basicamente, todas as vezes que eles tocaram em Sydney desde 2007.
E pensa em escrever outro livro sobre o RHCP?
Estou no começo de escrever outro. Ainda não quero falar muito sobre, mas acho que será sobre os anos 90. A década de 90 na banda. Eu fiz o primeiro no meu próprio tempo, sem pensar muito o que seria o final dele. É diferente de escrever sabendo que provavelmente será lançado e que as pessoas realmente vão ler. Tem algo vindo aí, mas não sei dizer exatamente o que ainda.
Ansioso para esse também. O que precisar e eu puder ajudar, só avisar.
Boa.
E lendo o seu livro, descobri algo que eles continuam fazendo mesmo depois de 40 anos: é um show pequeno, ainda temos um show com menos de duas horas e as piadas internas que as vezes até para nós, como somos grandes fãs, não entendemos. Eles continuam fazendo isso.
Sim, isso que é legal. Principalmente o Flea com o Anthony. Eles se conhecem há mais de 50 anos agora. Eles têm essa comunicação telepática. O que escrevi no livro é que eles continuam juntos por causa dessa relação que eles têm um com o outro. Isso foi o que fez eles continuarem no primeiro momento, quando o Hillel faleceu, quando John saiu, quando o Dave saiu, John saiu de novo...é essa ligação que eles têm. É estranho pensar que o lance do RHCP é um vocalista e baixista. Não é a banda completa, mas meio que é isso, porque são eles os caras que fazem o RHCP ser o RHCP. Eles são a razão pela qual fazem sucesso há 42 anos agora.
Concordo com você. Meu sonho como fã é ver um show de 3 horas deles, tocando muitas músicas.
Se eles não ficar pulando tanto, talvez consigam.
E também gostaria de ver um show acústico deles.
Sim, fico chocado que eles não fizeram um Acústico MTV. Talvez seja porque o Anthony ficou preocupado com a voz ou algo assim. Mas aquela performance no React Now em 2005, quando fizeram uma apresentação beneficente para ajudar as vítimas do furacão Katrina, ficou incrível. As apresentações no Bridge School Benefit também são bem interessantes, tocaram músicas que nunca tinham tocado. Eu gostaria muito de ver isso. Tá na minha lista das coisas que eu gostaria que eles fizessem, talvez em quinto ou sexto lugar.
Sim, eu adoraria ver por que ficaram muito boa as versões acústicas. Até com o Josh eles tocaram versões acústicas que ficaram incríveis.
Sim, eles fizeram coisas muito boas com ele. Provavelmente não vão fazer com o John, mas pelo menos já fizeram uma vez.
E além do RHCP, o que mais você gosta de ouvir?
Eu sou um grande fã de Jazz, do Nine Inch Nails, The Beatles. Muito fã de tudo, na verdade. Tento ouvir tudo. Ouço músicas ambiente. É difícil trabalhar ou escrever com vocais. Se tivesse que escolher meu Top 3 além do RHCP seria The Beatles, Nine Inch Nails e John Coltrane.
Sensacional! E como está a cena musical na Australia atualmente? Aqui no Brasil ouvimos muitas bandas australianas, como Men At Work, AC/DC, Bee Gees, várias outras.
Grandes bandas! O AC/DC tocou o segundo ou o terceiro show deles na minha escola. Isso é algo bem legal. Está bem, mas a música ao vivo é difícil aqui, a não ser que você seja de uma banda muito conhecida. É assim que vemos as bandas, os ingressos são muito caros, tem sido muito difícil atualmente. E muitos governantes locais não facilitam para as bandas tocarem em lugares melhores. Mas tem muitas bandas por aqui. Tem uma banda australiana chamada the Journs e agora se chamam Tropical Fonks Tom. Acho que tocaram em um Primavera Sound e são muito bons. Fica minha dica para conhecer.
Sim, vou ouvir. Nós temos o Primavera Sound Festival aqui no Brasil também.
Ah, legal. É um festival fantástico.
Muito obrigado por falar comigo! Tem mais algo que queira dizer para os fãs do RHCP?
Obrigado por lerem meu livro e pelo apoio. Fiquem ligados porque vem mais coisas.
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